Você já se perguntou quais grupos impulsionam a polinização e a renda local, e como identificá-los corretamente? Além disso, este artigo traz uma visão prática e confiável sobre as principais espécies de abelhas sem ferrão no Brasil.
Dessa forma, apresentamos uma lista clara com nomes populares e científicos, padrões de ocorrência por estado e produtos úteis, como mel, pólen e geoprópolis.
Os dados vêm de bases sólidas, como o Catálogo de Abelhas Moure e registros do ICMBio. Assim, aqui você encontrará informações úteis para reconhecer grupos como Melipona, Trigona e Frieseomelitta, entender variações regionais nos nomes e planejar um meliponário com mais segurança.
Além disso, ao final, terá orientações práticas para checar ocorrência local, evitar confusões de identificação e apoiar o desenvolvimento sustentável e a conservação do meio ambiente.
Principais conclusões
Lista prática com nomes populares e científicos para facilitar a identificação.
Ocorrência por estado ajuda no planejamento e na conformidade legal.
Dados do Catálogo Moure e ICMBio são a base para mapas e manejo.
Produtos como mel e geoprópolis ligam conservação ao desenvolvimento sustentável.
Verificar o nome científico reduz erros regionais de identificação.
Panorama atual e por que conhecer as espécies de abelhas sem ferrão importa
Entender quem poliniza nossas culturas e florestas também ajuda a planejar manejo e políticas locais.
No Brasil, a diversidade local sustenta serviços ambientais e renda rural. Portanto, o Catálogo Moure lista 251 espécies, e o Atlas da Meliponicultura registra 93 com manejo reconhecido pelo ICMBio.

Conhecer a distribuição e ocorrência fornece informações úteis para decidir quais enxames manter e onde instalá‑los. Além disso, isso melhora a adaptação local, aumenta a produtividade e reduz riscos legais.
Dessa forma, dados por estados orientam licenciamento e logística. Por isso, pesquisadores destacam a necessidade de fontes confiáveis. Assim, conservação e produção se reforçam quando há manejo responsável.
| Aspecto | Impacto | Recomendação | Fonte |
|---|---|---|---|
| Distribuição | Escolha de espécies locais | Consultar mapas por estados | Atlas / Catálogo |
| Ocorrência | Licenciamento e manejo | Checar registros antes de translocar | ICMBio |
| Desenvolvimento | Renda e produtos locais | Selecionar práticas sustentáveis | Estudos e produtores |
Portanto, ao seguir dados confiáveis, a meliponicultura alia conservação do meio ambiente e desenvolvimento local. Além disso, ao longo do texto você verá como transformar essas informações em decisões práticas.
Fontes, dados e identificação: como é feito o levantamento e a ocorrência das espécies
Mapear registros e referências técnicas é essencial para que se entenda onde cada grupo ocorre no país. Assim, é possível tomar decisões mais seguras e estratégicas sobre manejo e conservação.

O ICMBio e o Atlas da Meliponicultura selecionaram 93 espécies para manejo com base na Portaria 665/2021. Além disso, o levantamento classificou cada uma em três categorias: não manejadas, manejo rústico e manejo avançado. Dessa forma, o planejamento de manejo se torna mais seguro e eficiente. Portanto, essas informações são fundamentais para qualquer criador.
Metodologias e comparação de fontes
O Catálogo Moure prioriza a literatura taxonômica e nomenclatural. Por outro lado, o ICMBio reúne coleções, SALVE e speciesLink, além de consultas a especialistas. Consequentemente, há diferenças na distribuição por estado entre as bases. Assim, é importante considerar ambas as fontes antes de tomar decisões sobre manejo. Além disso, essas comparações permitem identificar lacunas e oportunidades de estudo.
| Fonte | Critério | Vantagem |
|---|---|---|
| ICMBio / Atlas | Coleções, SALVE, validações | Registros com referência técnico-científica |
| Catálogo Moure | Revisão da literatura taxonômica | Atualização nomenclatural |
| Ambas | Mapeamento por estado | Permite comparação e redução de incertezas |
Entretanto, nem todas as coleções estão digitalizadas; há descrições em preparação. Assim, para identificação, confirme sempre o nome científico, verifique sinônimos e compare imagens em sistemas confiáveis. Igualmente, essas práticas ajudam a reduzir erros e aumentam a confiabilidade do manejo. Além disso, é recomendado revisar periodicamente as fontes para atualização contínua.
Portanto, use essas fontes como base para decisões locais, valorize o trabalho de pesquisadores e revisite as informações regularmente para manter seu conhecimento atualizado.
Espécies de abelhas sem ferrão com maior potencial de criação no Brasil
Para quem planeja um meliponário, também é recomendado priorizar grupos com histórico de produção e ampla distribuição. Além disso, priorizar espécies adaptadas à região aumenta o sucesso da criação. Consequentemente, o manejo será mais eficiente e seguro.
Melipona: mel valorizado e manejo regional
Melipona se destaca pelo mel de alto valor e pelos nomes populares variados. A jandaíra (M. subnitida) domina a Caatinga nordestina. Além disso, a mandaçaia (M. quadrifasciata) aparece em grande parte do Sul e Sudeste. Ainda, a tiúba (M. fasciculata) é comum em MA e adjacências, enquanto a uruçu-nordestina (M. scutellaris) merece atenção por seu status de conservação. Logo, o manejo dessas espécies deve ser cuidadosamente planejado. Dessa forma, evita-se riscos legais e sanitários.
Tetragonisca e Scaptotrigona: mel e pólen
A jataí (Tetragonisca) é valorizada pelo mel aromático. Além disso, Scaptotrigona (canudo, tubiba) destaca-se na coleta de pólen, ampliando os produtos disponíveis para o criador. Dessa forma, essas espécies complementam a produção de forma estratégica.
Frieseomelitta: resinas e geoprópolis
Espécies como F. doederleini e F. varia são úteis para resinas e geoprópolis. Por isso, confirme sempre o nome científico e a ocorrência por estados antes de incorporá-las ao plantel. Assim, você evita problemas de manejo e aumenta a confiabilidade da produção. Além disso, contribui para a conservação das espécies.
Trigona e Oxytrigona: produtividade e cautela
Trigona (sanharó, bunda-de-vaca) tem bom potencial para pólen. Entretanto, Oxytrigona tataira exige manejo cuidadoso devido à defesa intensa e à produção de substâncias cáusticas. Portanto, atenção e planejamento são essenciais ao lidar com essas espécies. Além disso, use equipamentos de proteção sempre que necessário.
Como usar o Atlas: seleção por manejo
O Atlas lista 93 registros categorizados por manejo rústico e avançado. Assim, use o filtro por estados e fonte (ICMBio/Moure) para montar uma lista inicial adaptada ao seu território. Além disso, isso ajuda a planejar a criação de forma sustentável. Consequentemente, reduz-se o risco de introduzir espécies inadequadas.
| Grupo | Produto principal | Risco / Observação |
|---|---|---|
| Melipona | Mel de alto valor | Espécie ameaçada exige cuidado na translocação |
| Tetragonisca / Scaptotrigona | Mel e pólen | Boa aceitação de mercado; diversifica renda |
| Frieseomelitta | Resinas e geoprópolis | Confirme distribuição estadual antes do manejo |
| Trigona / Oxytrigona | Pólen e defesa química | Oxytrigona requer cautela operacional |
Dica prática: monte uma lista inicial combinando grupos com perfis complementares. Além disso, verifique ocorrência por estados nas fontes do Atlas para reduzir erros e favorecer o desenvolvimento sustentável do seu projeto.
Ocorrência por regiões e Estados: usando a plataforma para mapear cada espécie
Aprender a usar a ferramenta ajuda a transformar dados em ações práticas para manejo e pesquisa. Dessa forma, o meliponicultor consegue tomar decisões mais seguras e fundamentadas. Além disso, interpretar gráficos e mapas facilita a visualização da diversidade regional.
Como buscar por espécie, Estado ou Região e interpretar mapa e gráficos
Comece escolhendo a fonte: ICMBio, Moure ou ambas. Essa decisão orienta a leitura da distribuição e mostra divergências entre bases. Além disso, use a busca por nome científico ou popular e selecione várias entradas para comparar ocorrência lado a lado. Ao marcar uma espécie, o mapa destaca os estados e o gráfico pizza mostra as regiões com registros.
Clique numa UF no mapa para filtrar. Outra opção é usar a tabela “Espécies por UF” ou selecionar uma região no gráfico. Assim, você obtém a lista completa com ocorrências por UF ou região selecionada.
Diferenças entre fontes e o que isso significa para o manejo
| Recurso | O que mostra | Como usar |
|---|---|---|
| Filtro de fonte | ICMBio / Moure / Ambas | Definir confiança e comparar registros |
| Busca | Nome científico ou popular | Comparar ocorrência entre listas |
| Mapa e gráfico | Estados destacados e pizza por regiões | Selecionar UF ou Região para lista detalhada |
Por fim, pesquise nomes populares alternativos, pois variações regionais existem. Além disso, consulte links complementares para imagens, plantas visitadas e artigos que ampliam seu conhecimento.
Estudo de caso: diversidade, oportunidades e desafios no Ceará
O levantamento coordenado pela UFC elevou o número de registros no Ceará, passando de 29 para 49 ocorrências confirmadas. As coletas abrangeram 122 localidades em 52 municípios e foram publicadas nos Anais da AABC. Consequentemente, o levantamento trouxe informações detalhadas sobre distribuição e diversidade.
O resultado mostrou 20 registros novos para o estado, com identificação científica concluída. Entretanto, a diversidade não é homogênea: as serras úmidas concentram 19 registros, enquanto a Caatinga abriga 7. Logo, é necessário planejar o manejo considerando as diferenças regionais.
Espécies-chave e opções para criação
A jandaíra (Melipona subnitida) sustenta a meliponicultura local, por sua adaptação à Caatinga. Além disso, mandaçaia e uruçu aparecem em menor escala. Assim, diversificar espécies garante maior resiliência e produtividade.
Para diversificar a criação, considere Tetragonisca (jataí) pelo mel; Trigona e Scaptotrigona para coleta de pólen; Frieseomelitta para resinas e geoprópolis. Dessa forma, você consegue produtos complementares e maior sustentabilidade no meliponário.
Ameaças, conservação e boas práticas
Pesquisadores relatam declínio populacional e a possível ausência natural da uruçu-nordestina. Olho-de-vidro e mandaçaia estão em risco iminente. Além disso, essas espécies são sensíveis a alterações ambientais e manejo inadequado.
As principais ameaças são devastação da vegetação nativa, ação de “meleiros”, agrotóxicos e mudanças climáticas. Por isso, o transporte entre regiões é proibido pela Resolução CONAMA (2004).
| Aspecto | Impacto | Recomendação |
|---|---|---|
| Distribuição por ambiente | Concentração em serras úmidas | Priorizar espécies com ocorrência local |
| Ameaças | Perda populacional e doenças | Reflorestamento e proteção de ninhos |
| Legislação | Risco sanitário e competição | Evitar translocação; seguir normas |
Portanto, para desenvolvimento sustentável, alinhe a escolha de espécie ao ambiente, fortaleça o plantio de recursos melíferos e envolva comunidades locais. Assim, use as informações do levantamento para planejar o plantel e priorizar ocorrência confirmada no seu município.
Conclusão
Portanto, plataformas integradas tornam possível comparar fontes e planejar manejo local com segurança. Além disso, o Atlas reúne ICMBio e Catálogo Moure, oferecendo rotas de consulta por espécie, Estado e regiões. Dessa forma, o meliponicultor consegue tomar decisões mais informadas e confiáveis.
Assim, mapear espécies por estado, validar ocorrências e montar uma lista de interesse são passos iniciais para uma meliponicultura responsável. Além disso, é fundamental consultar literatura e pesquisadores locais para complementar os dados e reduzir incertezas.
O estudo no Ceará mostra como novos levantamentos podem mudar decisões de manejo e conservação. Portanto, mantenha práticas alinhadas à legislação e ao contexto ambiental local para favorecer o desenvolvimento sustentável do setor. Além disso, essas ações ajudam a preservar espécies nativas e a fortalecer a produção regional.
Finalmente, revisite registros a cada safra, atualize o plantel e use a plataforma como ferramenta estratégica para melhorar desempenho, diversidade de produtos e resiliência ambiental desses insetos. Dessa forma, você garante uma meliponicultura mais segura, eficiente e sustentável.



